Carol Castro lança filme sobre abuso e crê que Gracinha seria vista com menos preconceito hoje

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Já se foram 20 anos desde que Carol Castro apareceu nas telinhas pela primeira vez. A missão era dar vida a Gracinha – personagem que chegava para bagunçar a vida de um casal em “Mulheres Apaixonadas”, e acabou tendo as atitudes bastante questionadas pelo público. Agora, ela volta a encarar um papel que levanta questões feministas, no filme “Ninguém É de Ninguém”, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 20.

Em um paralelo entre as duas personagens ao longo dessas duas décadas, Carol acredita que Gracinha seria vista de outra forma nos dias de hoje, ou melhor, “toda a novela seria vista de outra forma”. A atriz relembrou o papel em conversa com o gshow.

“Acho que a minha personagem seria menos massacrada”, avalia Carol sobre Gracinha, que na trama acaba engravidando de Cláudio (Erick Marmo). Acontece que o rapaz namorava Edwiges (Carolina Dieckmann) e os dois planejavam casar virgens.

Carol Castro é protagonista de 'Ninguém É de Ninguém' — Foto: Divulgação/Selmy Yassuda

Carol Castro é protagonista de ‘Ninguém É de Ninguém’ — Foto: Divulgação/Selmy Yassuda

“As pessoas falavam muito: ‘ah, a Gracinha isso e aquilo’. Mas e o Cláudio? Ele também não era um inocente. Ele estava sendo manipulado? Estava. Mas acho que hoje em dia essa questão estaria um pouco mais aquecida. A Gracinha não está sozinha errada, o Cláudio tem culpa no cartório também. Com certeza isso seria uma discussão diferente daquela época”, reflete Carol.

 

Olhando de volta também para a Carol Castro de “Mulheres Apaixonadas”, a de hoje tem um conselho para ela: “Continua!”. “Foi um início difícil. Cheguei a pensar: ‘É isso mesmo?’”, relembra.

“Lembro que morava em Ipanema, passeava com meu cachorro. E da noite pro dia, imagina, a primeira cena da Gracinha, a apresentação dela era de biquíni, na piscina. Então foi um acontecimento que da noite pro dia mudou a minha vida, e outros trabalhos que vieram depois, eu não tive muito apoio. Então hoje em dia eu procuro ser essa pessoa, que apoia quem está começando, que foi o que eu não tive”, diz Carol.

Novo filme conversa com o espiritismo

 

Carol Castro e Danton Mello em cena de 'Ninguém É de Ninguém' — Foto: Divulgação

Carol Castro e Danton Mello em cena de ‘Ninguém É de Ninguém’ — Foto: Divulgação

No filme que chega aos cinemas nesta quinta, Carol vive Gabriela, uma mulher forte e com carreira bem-sucedida, que vive um relacionamento conturbado com o marido Roberto (Danton Mello). Cheio de desconfianças, ele tenta controlar os passos da parceira, enquanto ela cresce profissionalmente e recebe uma promoção no escritório de advocacia onde trabalha.

As vidas dos dois acabam por se entrelaçar com a do casal Renato (Rocco Pitanga) e Gioconda (Paloma Bernardi), que também vivem em desarmonia por conta dos ciúmes dela. O longa é baseado no bestseller homônimo da autora Zíbia Gasparetto, e tem direção de Wagner de Assis (“Kardec” e “Nosso Lar”).

Cartaz do filme 'Ninguém É de Ninguém' — Foto: Divulgação

Cartaz do filme ‘Ninguém É de Ninguém’ — Foto: Divulgação

“Foi uma experiência arrebatadora. Mexeu com minha saúde física, psicológica, me chacoalhou bonito. Posso dizer que tem uma Carol antes e depois desse filme”, pontua a artista, destacando a carga dramática, que mergulha em uma trama de relacionamento abusivo, mas dentro de uma história espírita.

“Para as mulheres que não tem coragem de sair dessa situação [de relacionamento abusivo], que encontrem um alento, uma rede de apoio. E que as pessoas sejam mais felizes e amorosas”, conta Carol sobre a expectativa com o filme.

Fonte: Gshow 

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