Cesta básica isenta, ‘cashback’ e IPVA para jatinhos: veja os principais pontos da reforma tributária

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A Câmara dos Deputados aprovou, em segundo turno, na madrugada desta sexta-feira (7) o texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. Foram 375 votos a favor, 113 contra e três abstenções.

Antes de seguir para o Senado, os deputados precisam analisar destaques (sugestões de mudança no texto original). Quatro devem ser votados na manhã desta sexta.

Os destaques alteram alguns detalhes da reforma, sem mudar os pontos principais. No entanto, a chance de serem aprovados é pequena, pois a probabilidade de alcançarem o mínimo de votos favoráveis é menor, tendo em vista o baixo quórum comum às sextas-feiras na Câmara.

O objetivo central da reforma é simplificar tributos federais, estaduais e municipais. Após acordos, a PEC sofreu mudanças, que foram apresentadas nesta quinta pelo relator, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Segundo o texto, cinco tributos serão substituídos por dois Impostos sobre Valor Agregado (IVAs) — um gerenciado pela União, e outro com gestão compartilhada entre estados e municípios:

▶️ Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): com gestão federal, vai unificar IPI, PIS e Cofins

▶️ Imposto sobre Bens e Serviços (IBS):com gestão compartilhada estados e municípios, unificará ICMS (estadual) e ISS (municipal)

Confira abaixo os principais pontos da reforma tributária:

Criação do IVA

 

Como ficam os impostos com a reforma tributária — Foto: Arte g1

Como ficam os impostos com a reforma tributária — Foto: Arte g1

IVA é a sigla para o modelo de Imposto sobre o Valor Agregado (ou adicionado).

Na proposta desta quinta, cinco impostos que existem hoje serão substituídos por dois IVAs — por isso, esse modelo é chamado de IVA dual:

▶️ Três tributos federais (PIS, Cofins e IPI) dão origem ao Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal

▶️ ICMS (estadual) e do ISS (municipal) serão unificados no formato do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), com gestão compartilhada entre estados e municípios

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Fase de transição

 

Segundo a proposta, o período de transição para unificar os tributos vai durar sete anos, entre 2026 e 2032. A partir de 2033, impostos atuais serão extintos.

Aguinaldo Ribeiro, o relator do texto, propõe o início da transição em 2026. Nessa etapa chamada de teste:

  • IVA federal terá alíquota de 0,9%
  • e o IVA estadual e municipal, de 0,1%

 

Na primeira versão do parecer, o relator estabelecia que a migração teria início em 2026, somente com os impostos federais (PIS, Cofins e IPI). Três anos depois, começaria a transição para ICMS e ISS.

Segundo Ribeiro, a inclusão dos estados e municípios já na fase de teste da alíquota, em 2026, foi realizada para “atender demanda dos estados”.

“O objetivo dessa etapa é conhecer a base tributável, permitindo que se calculem as alíquotas da CBS e do IBS necessárias para substituir a arrecadação atual”, argumentou.

 

Em 2027, PIS e Cofins serão extintos, e a alíquota do IPI será reduzida a zero, com exceção de produtos que também tenham industrialização na Zona Franca de Manaus (ZFM):

  • nessa etapa, o IVA federal entrará em vigor com uma alíquota de referência(entenda a seguir)

 

A próxima etapa prevista na transição começa em 2029, com uma redução escalonada da cobrança dos tributos estadual e municipal:

Fonte: g1 

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